ANNONACEAE

Annona glabra L.

Como citar:

Tainan Messina; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Annona glabra (ANNONACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

5.038.755,222 Km2

AOO:

484,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Espécie de ampla distribuição ocorre nos Estados do Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina (Maas et al., 2012). Distribui-se ainda em outros países da América Latina e África (Lobão et al., 2005).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

?A espécie é amplamente distribuída, ocorrendo em diversos Estados brasileiros.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Annona glabra caracteriza-se pelas folhas subcoriáceas e glabras com pecíolo longo variando de 1,2 a 2 cm de comprimento (Lobão et al., 2005). Possui como nomes populares: "araticum", "araticum-do-rio", "araticum-panã" (Pontes et al., 2004), "araticum do brejo", "araticum-cortiça", "araticum-da-praia", "araticum-de-jangada" (Corrêa, 1984 apud Lobão et al., 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Fornece madeira própria para carpintaria, caixotaria, ripas, mastros e remos de pequenas embarcações. As raízes são utilizadas como cortiça. As folhas são anti-helmínticas e anti-reumáticas. Os frutos, embora considerados venenosos, são provavelmente comestíveis e utilizados como maturativos e anti-helmínticos (Corrêa, 1984 apud Lobão et al., 2005). Estudos sobre a A. glabra têm demonstrado grandequantidade de compostos de natureza química diversificada presentes em extratospreparados de cascas, caule, folhas e frutos com potencial antiinflamatório nareplicação do vírus HIV em linfócitos, como agente citotóxico, trypanosomicida,larvicida, antimicrobiano, vermífugo, esporicida, analgésico, contraceptivo e antiinflamatório(Siebra et al., 2009).

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: A espécie é abundante e comum às florestas brasileiras (Maas et al., 1992), porém com poucos dados populacionais. Na Reserva Ecológicade Gurjaú, Cabo de Santo Agostinho, PE, estimou-se 75 ind./ha (151 ha), aespécie teve destaque também por apresentar um dos maiores valor de regeneraçãonatural (9,16%) (Silva Junior, 2004; Silva Junior et al., 2008). Foramamostrados sete indivíduos em um fragmentos florestais de Santa Catarina (Siminski etal., 2011).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Amazônia
Fitofisionomia: A espécie se desenvolve em vegetação de, mangue, restinga e matas de galeria (Pontes et al., 2004).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Árvores ou arbustos.Ramos castanho-acinzentados quando herborizados, glabros, lenticelados. Folhas oblongasou ovado-lanceolada, cartáceas. Flores isoladas brancas, terminais. Frutosamarelos sincárpico, obovado a ovado (Maas et al., 2001; Pontes et al., 2004). Sementesadaptadas à dispersão pela água (Maaset al., 1992). Floração em junho, setembro, novembro e dezembro e frutificação de janeiro a março, junho e dezembro (Lobão et al., 2005). Desenvolve-se em vegetação demangue, restinga e matas de galeria (Pontes et al., 2004). Apesar de ocorrem em ambientes florestais também essa espécie é típica de áreas de mangue (Lobão, com. pess.).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
É uma espécie com ampla distribuição, mas que ocorrem em ambiente extremamente ameaçado, vegetação de mangue (Lobão, com. pess.).

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Criticamente ameaçada" (CR), segundo a Lista vermelha daflora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).